"Consta que em 1962, num encontro com camponeses mandingas da região do Oio, um dos bastiões da resistência à penetração colonial, na fronteira norte da Guiné com o Senegal, com a participação de activistas do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), depois de Amílcar Cabral ter terminado uma longa explicação das razões da luta de libertação, um dos presentes, o mais velho, emocionado, dirigiu-se-lhe dizendo: “por não ter mais nada para te oferecer, peço-te que aceites o meu súmbia”. E, de seguida, pôs-lhe o súmbia na cabeça. Foi dessa forma que um camponês guineense militante da nossa causa libertadora, num gesto espontâneo e simbólico, criou a imagem de marca de Amílcar Cabral que passou a usá-lo sempre que se deslocava ao interior do país e, também, ao estrangeiro." - in Sala-Museu Amílcar Cabral, no Plateau, cidade da Praia